Por serem seguros e mais baratos que os medicamentos de referência, os genéricos se consolidaram na crise como a melhor alternativa para a manutenção do tratamento.
“Por serem seguros, eficazes e mais baratos que os medicamentos de referência, os genéricos se consolidaram, na crise, como a melhor alternativa para os brasileiros seguirem com seus tratamentos sem comprometer o orçamento familiar, o que explica este crescimento”, analisa a presidente executiva da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos), Telma Salles.
Pelo critério de valor, já aplicados os descontos praticados pelo varejo, as vendas dos genéricos somaram R$ 6,3 bilhões em 2016, expansão de 10,43% frente a 2015.
O levantamento da entidade aponta, ainda, que os genéricos bateram, no fim de 2016, a marca de R$ 87 bilhões de economia proporcionada ao consumidor na compra de medicamentos, desde que chegaram ao mercado, em 1999.
“Por lei, os genéricos custam 35% menos que os medicamentos de referência, mas, em média, os preços de mercado chegam a ser 60% menores”, reforça Telma.
Pelo levantamento da Pró Genéricos, também se mostra expressivo o crescimento dessa classe de medicamentos, em unidades, para doenças crônicas.
De 1999 a 2016, o crescimento de antidiabéticos genéricos atingiu 953,26%; e o de anti-hipertensivos e antilipemicos com as mesmas características alcançaram alta de 568,59% e 1.872,90% no período, respectivamente.
“A criação dos medicamentos genéricos representa um importante avanço dentro da assistência farmacêutica e para as políticas públicas de saúde, pois além de serem mais baratos por serem produzidos com segurança e qualidade após a quebra patentária do medicamento de referência, ampliaram e buscaram garantir o acesso à farmacoterapia”, considera a farmacêutica industrial pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e consultora da Desenvolva Consultoria e Treinamento, Camila de Albuquerque Montenegro.