O Ministério da Saúde decidiu fechar, a partir de maio, as 393 unidades
da rede própria do programa Farmácia Popular, de distribuição de medicamentos
gratuitos ou com até 90% de desconto. Agora, os produtos serão distribuídos
unicamente pela rede de farmácias conveniadas. A preocupação, no entanto, é com
pacientes que procuram alguns remédios específicos que não estão disponíveis
nos estabelecimentos conveniados.
Na rede própria, são ofertados, hoje, 112 medicamentos; já nas drogarias
com desconto são disponibilizados 32. A pasta afirmou que quase 90% das pessoas
procuram remédios para hipertensão, diabetes e asma, disponíveis também nas
outras farmácias. Ainda de acordo com o ministério, o paciente que precisa
tomar remédios indisponíveis na rede particular terá que procurar uma unidade
básica de saúde ou clínica da família para “descobrir”, segundo o ministério,
onde conseguir o remédio.
O governo federal justifica a desativação da rede própria para geração
de economia de aproximadamente R$ 80 milhões. O Ministério da Saúde informou
que os recursos economizados serão repassados à compra de medicamentos.
De acordo com a Saúde, o custo administrativo para a manutenção das
farmácias da rede própria chegava a 80% do orçamento do programa, que é de R$
100 milhões por ano, e os outros R$ 18 milhões estavam sendo utilizados na
compra e distribuição de medicamentos.
Fonte: Jornal Extra – Rio de
Janeiro