
A revisão da CMED busca equilibrar acesso a medicamentos inovadores e controle de custos para o sistema de saúde e consumidores.
O debate sobre os preços dos medicamentos no Brasil voltou ao centro das atenções em setembro de 2025. O motivo: a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) está revisando os critérios de precificação de medicamentos, especialmente os inovadores, que frequentemente chegam ao mercado com custos milionários e eficácia ainda em discussão.
Essa discussão é vital para o setor farmacêutico, pois impacta diretamente o acesso da população, a sustentabilidade dos sistemas de saúde e também as farmácias, que são o elo final entre o paciente e o medicamento.
O peso da inovação em saúde
Os avanços científicos têm transformado a vida das pessoas, ampliando expectativa de vida e qualidade de tratamento. Porém, diferentemente de outros setores, na saúde a inovação muitas vezes gera aumento de custos.
Um exemplo emblemático é o medicamento Elevidys, indicado para distrofia muscular de Duchenne, com preço de R$ 11,9 milhões por dose. Apesar da aprovação inicial no Brasil, a Anvisa suspendeu seu uso em julho após registros de mortes e baixa comprovação de eficácia.
Esse caso mostra o risco: quando medicamentos tão caros são incorporados ao sistema de saúde, os custos recaem sobre o orçamento público (SUS) ou sobre os planos de saúde, impactando toda a cadeia.
O que está em discussão na CMED
A revisão regulatória em andamento propõe mudanças importantes:
- Avaliação científica obrigatória: só medicamentos com eficácia comprovada e benefício clínico adicional poderão ser incorporados.
- Proibição de importação paralela: durante a definição de preço, não será permitido importar a valores internacionais.
- Preço provisório: para doenças raras e oncológicas sem evidências robustas, os preços serão temporários até comprovação de eficácia.
- Unificação de preços: os valores pagos pelo SUS também deverão valer para a saúde suplementar.
Essas medidas buscam reduzir distorções e trazer maior previsibilidade aos custos da saúde, protegendo tanto pacientes quanto operadoras de planos e o setor público.
Oportunidade de modernização regulatória
Outra proposta em discussão é a criação de uma agência unificada de avaliação de tecnologias em saúde, que reuniria competências hoje divididas entre a Anvisa, a CMED, a ANS e a Conitec. Isso daria mais agilidade e clareza ao processo de incorporação de medicamentos inovadores.
O impacto para farmácias
Para o varejo farmacêutico, a discussão pode parecer distante, mas tem reflexos diretos:
- Acesso do cliente: preços regulados impactam a demanda e a capacidade de compra.
- Previsibilidade de estoque: medicamentos de alto custo exigem gestão cuidadosa para evitar perdas.
- Fidelização: farmácias que orientam seus clientes sobre PBMs, Farmácia Popular e regras de cobertura podem se diferenciar no atendimento.
Como o TekFarma pode apoiar sua farmácia
O TekFarma oferece ferramentas que ajudam sua farmácia a lidar com esse cenário desafiador:
- Gestão de estoque inteligente, reduzindo riscos de perdas com medicamentos caros.
- Relatórios de vendas detalhados, que ajudam a entender a demanda por medicamentos de alto valor.
- Integração com programas de benefícios, garantindo acesso a descontos e mais conveniência ao cliente.
- Análise estratégica de preços, para manter competitividade mesmo em cenários de margens apertadas.
Conclusão
A revisão da CMED sobre precificação é uma oportunidade para tornar o sistema de saúde mais sustentável e justo. Para farmácias, acompanhar essas mudanças é fundamental: além de atender às normas, é preciso estar preparado para orientar clientes e manter o negócio competitivo.
Com apoio de tecnologias como o TekFarma, sua farmácia pode transformar os desafios em oportunidades, oferecendo acesso, confiança e eficiência.