O papel dos farmacêuticos nas vendas dos Genéricos



Que os genéricos são uma alternativa eficaz e econômica de tratamento, é um consenso entre especialistas. Entretanto, muitos consumidores ainda têm dúvidas e precisam dos farmacêuticos para aumentar a adesão

Os genéricos são, definitivamente, uma excelente alternativa para o bolso enxuto dos consumidores e para a própria farmácia. Entretanto, ainda assim, representam apenas 30% dos medicamentos comercializados no Brasil, um grande contraste se comparado ao mercado americano, onde sua representatividade pode ser superior a 80%.
“Em 19 anos de história no mercado, a população ainda tem dúvidas sobre o que são medicamentos genéricos, sua qualidade e diferenças com os produtos de prescrição. O balcão da farmácia acaba sendo o local onde os pacientes tiram as dúvidas sobre essas distinções”, afirma o gerente de marketing da Geolab, José Ribeiro Suso Junior.

Portanto, é possível aumentar grandemente a participação dos genéricos no Brasil com preparação dos profissionais que dispensam esses produtos. E uma das formas de atingir esses objetivos é por meio da assistência farmacêutica, que já é uma realidade no País, especialmente pelo trabalho desenvolvido pelas grandes redes.

“A assistência farmacêutica é uma realidade no Brasil. Hoje, o farmacêutico pode realizar consultas farmacêuticas, solicitar exames laboratoriais, prescrever Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs), tudo de acordo com a Resolução 585/13, do Conselho Federal de Farmácia (CFF), que dispõe sobre a Atribuição Clínica do Farmacêutico; e a Resolução 586/13, do CFF, que dispõe sobre a Atribuição de Prescrição Farmacêutica”, mostra o diretor do Instituto Pedro Dias, Pedro Dias, acrescentando que, dessa forma, esses profissionais poderão contribuir para o tratamento das doenças crônicas e também para adesão ao tratamento, realizando um acolhimento adequado, entendendo as necessidades, orientando e acompanhando os pacientes durante toda sua jornada.

Aliás, entre doentes crônicos, que precisam de tratamento ao longo de toda a vida, o papel do farmacêutico torna-se ainda mais importante. “Com uma conversa franca e acompanhada de uma revisão de todos os medicamentos que o paciente costuma tomar, o usuário deve ser estimulado a participar como sujeito de seu tratamento e cuidado com a saúde. Iniciar o tratamento é muito mais difícil que dar continuidade. A otimização da farmacoterapia e parceria com os demais profissionais da saúde por meio do farmacêutico da farmácia, que está sempre mais próximo e presente, proporcionam segurança e melhor entendimento, consequentemente melhor adesão”, opina a coordenadora técnica farmacêutica da Pague Menos, Cristiane Feijó.

Para ter respaldo e tirar todas as dúvidas do consumidor sobre os genéricos, segundo Dias, o melhor caminho é ficar por dentro do que diz a Lei 9.787, de 1999, conhecida como a Lei dos Medicamentos Genéricos. Nela, é possível esclarecer dúvidas recorrentes do consumidor sobre o preço baixo dos genéricos, por exemplo.

“O farmacêutico deve assegurar a confiança no medicamento, com informações técnicas pertinentes e esclarecimento sobre diferença visual das embalagens, e manter um canal aberto para orientação, se necessário. Também é papel desse profissional identificar e entender os diferentes tipos e as regras que os regem, conforme legislação vigente, bem como o valor investido no tratamento escolhido”, finaliza Cristiane.


Fonte: Guia da Farmácia


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