
A proposta de liberar a venda de medicamentos isentos de prescrição (MIPs) em supermercados reacende discussões sobre segurança, regulação e o papel das farmácias na saúde pública.
A proposta em pauta
O Projeto de Lei 1.774/2019 voltou a ganhar destaque em 2025 ao retomar o debate sobre a autorização para que supermercados possam vender medicamentos isentos de prescrição (MIPs). Entre os produtos incluídos estão analgésicos, antitérmicos, antiácidos e medicamentos para resfriado — ou seja, itens comumente utilizados pela população para sintomas leves, e que hoje são comercializados exclusivamente em farmácias e drogarias.
O objetivo dos defensores da proposta é ampliar o acesso da população a esses medicamentos, facilitar a compra e reduzir preços por meio da concorrência com o varejo farmacêutico. No entanto, a medida tem enfrentado forte oposição de entidades do setor de farmácias e saúde pública.
Argumentos a favor da medida
Os principais defensores da proposta alegam que a venda de MIPs em supermercados representaria um avanço na democratização do acesso aos medicamentos. Argumentam que, em regiões com poucas farmácias ou com funcionamento restrito, os supermercados poderiam garantir conveniência e ampliar o alcance a produtos essenciais de saúde.
Além disso, o aumento da concorrência poderia gerar redução de preços, beneficiando consumidores que, muitas vezes, arcam com custos elevados mesmo para medicamentos de uso comum.
A preocupação do setor farmacêutico
Entidades como a Abrafarma (Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias) e a Abcfarma (Associação Brasileira do Comércio Farmacêutico) posicionaram-se contrariamente à medida. Segundo as associações, a liberação compromete a segurança do paciente, já que os supermercados não contam com farmacêuticos capacitados para orientar o consumidor.
A automedicação, embora comum, pode acarretar sérios riscos, como interações medicamentosas, uso inadequado e agravamento de doenças. Nas farmácias, o cliente tem acesso à orientação profissional que minimiza esses riscos. A venda sem supervisão pode transformar medicamentos de venda livre em um risco silencioso à saúde.
O impacto para farmácias e drogarias
A aprovação da proposta pode afetar diretamente a operação e o faturamento de farmácias de pequeno e médio porte, que têm nos MIPs uma parcela importante de suas vendas. Além disso, esse movimento levanta um debate mais amplo sobre a desvalorização do atendimento farmacêutico como parte essencial da saúde primária.
As farmácias não são apenas pontos de venda — são espaços de acolhimento, orientação e acompanhamento de tratamentos. O distanciamento dessa função pode representar um retrocesso na relação entre saúde e varejo.
O papel do TekFarma nesse cenário
Independente do desfecho do projeto de lei, é fundamental que farmácias estejam cada vez mais preparadas para fortalecer sua relação com os clientes. Com o TekFarma, farmácias contam com um sistema inteligente de gestão que permite personalizar o atendimento, organizar o histórico de compras e manter um relacionamento próximo com o consumidor.
Funcionalidades como o módulo pós-venda e o monitoramento de reposição de medicamentos são ferramentas estratégicas para fidelizar clientes e reforçar o papel da farmácia como agente de saúde, mesmo diante de possíveis mudanças no mercado.
Conclusão
O debate sobre a venda de medicamentos em supermercados envolve muito mais do que conveniência e preço — trata-se de uma discussão sobre segurança, saúde pública e o papel das farmácias na sociedade. Enquanto o tema segue em análise no Congresso, é essencial que farmácias continuem investindo em inovação, atendimento personalizado e sistemas de gestão como o TekFarma para se destacarem e manterem sua relevância como ponto de cuidado e confiança para a população.